Incontáveis e inocentes horas de espera
fila indiana para rotineira burocracia
relógio-ponto não dignifica; condiciona e policia
Incolor, outro entre tantos dias se encerra
No templo de mil mentiras pedia perdão pela libido
anestesia via controle-remoto inoculada lentamente
frêmito de angústia, último suspiro impaciente
- Fui enganado! Usurpado! Iludido...
O sangue gélido acusa a hora de morrer
pior é a certeza de não ter conseguido viver
Finalmente querendo gritar, despedia-se mudo
Enfim...
a morte é o fim
Eis tudo.
Poi Zé
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
outro herege!
que beleza. só tem gente boa nO Câncer.
bah... eu de novo.
já li isso umas 20 vezes e cada vez me assusto mais.
ô Zé, vai sifudê cara... que poesia home!!!
Postar um comentário