domingo, 25 de novembro de 2007

(S)Em tempo

Incontáveis e inocentes horas de espera
fila indiana para rotineira burocracia
relógio-ponto não dignifica; condiciona e policia
Incolor, outro entre tantos dias se encerra

No templo de mil mentiras pedia perdão pela libido
anestesia via controle-remoto inoculada lentamente
frêmito de angústia, último suspiro impaciente
- Fui enganado! Usurpado! Iludido...

O sangue gélido acusa a hora de morrer
pior é a certeza de não ter conseguido viver
Finalmente querendo gritar, despedia-se mudo

Enfim...
a morte é o fim
Eis tudo.

Poi Zé

2 comentários:

Anônimo disse...

outro herege!

que beleza. só tem gente boa nO Câncer.

Anônimo disse...

bah... eu de novo.
já li isso umas 20 vezes e cada vez me assusto mais.
ô Zé, vai sifudê cara... que poesia home!!!