quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Claustrophobia

Mal consigo respirar...
Vós desejais o alcançar o topo. Sucesso.
Mas este é um espaço mui restrito
Pilhéria do sistema, não há lugar para todos no cume
Poucos em detrimento de muitos. Mesmo
assim quereis...
Ó insaciável demência.

As palavras vestem máscara de anjo & de
demônio para a batalha.
Ferem como farpa pontiaguda. Vence
o mais impetuoso & eficaz com o machete.
Ele pode fazer até a alma de um drugui sangrar
Com a ultraviolência de
uma panthera negra faminta & traiçoeira
Dilacera a carne e os sonhos no jantar

Como o garoto que brinca na rua poeirenta ao pôr-do-sol,
eu só quero ser puro.
Ansio por um ar que dê fôlego a meu
pulmão desajustado & cancerígeno.
Os puros não choram lágrimas quentes de
solidão...

Poi Zé

4 comentários:

Anônimo disse...

Mais um dos magníficos escritos do zé...
foda!

Anônimo disse...

Digno d'O Câncer. e do BuZine também.

Anônimo disse...

Agora estava eu aqui pensando...
que massa ver que, apesar da incansáveis tentativas de "abitolação" por parte de alguns professores do nosso curso, muita gente (como o Zé, o Carlos, o Ingo...) se forma sem ser afetado pela mesquinharia e pelos pensamentos medíocres deles.
Essa galera saiu da faculdade com idéias muito além do mercado e de toda essa bosta que eles querem que a gente aprenda!
isso aí!!!

Anônimo disse...

Nem 50 mil professores podem aquietar almas que desejam permanecer acordadas e em movimento... Mas também teve professores que incentivaram nosso caminho pela contramão do estabelecido durante a faculdade.

Bom, prossigamos...

ps.: vida longa a esta empreitada cancerígena!